Investigados por desvio de recursos em consórcio de saúde têm R$ 4,5 milhões em bens bloqueados em MG
21/10/2025
(Foto: Reprodução) Gaeco combate desvio de recursos da saúde em Piumhi e Bambuí
Três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta terça-feira (21) em Piumhi e Bambuí, durante a operação 'Sanare', que apura um esquema de desvio de recursos no Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Piumhi.
A ação foi deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Passos e da 1ª Promotoria de Justiça de Piumhi.
Os investigados tiveram R$ 4,5 milhões em bens bloqueados por decisão da Justiça, além da quebra de sigilos bancário, fiscal e de dados dos dispositivos apreendidos. A Justiça também determinou a suspensão das atividades de cinco empresas ligadas ao grupo e impôs medidas cautelares a quatro investigados.
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Segundo o MPMG, as fraudes afetaram o atendimento médico-hospitalar da população de pelo menos 11 municípios que integram o consórcio.
As investigações apontaram pagamentos indevidos feitos com senhas bancárias criadas irregularmente, contratação de empresas de fachada e destruição de provas. Durante os trabalhos, foram encontrados vestígios de documentos queimados e fragmentados, entre eles prontuários médicos e registros financeiros.
Os nomes dos alvos não foram divulgados, e o Ministério Público não informou quais objetos foram apreendidos. O g1 tentou contato com o Consórcio de Saúde, mas as ligações não foram atendidas até a última atualização desta reportagem.
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Operação 'Sanare'
O nome da operação faz referência à palavra latina 'sanare', que significa 'curar', em alusão à necessidade de “curar um sistema doente”, segundo o Ministério Público.
A ação contou com quatro promotores de Justiça e 44 policiais militares, com apoio do Gaeco de Divinópolis e da Polícia Militar.
Materiais apreendidos durante a operação “Sanare”, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pelo Gaeco em Piumhi e Bambuí
MPMG/Divulgação
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